O Dia Internacional em defesa dos Manguezais é comemorado há 10 anos. A data de 26 de julho foi escolhida por marcar o dia da morte de um ativista do Greenpeace, em 1998, durante um protesto junto a organizações. A escolha de uma data impulsionou movimentos socioambientais, organizações sociais e pescadores e pescadoras de várias partes do mundo a lutarem pela preservação e conscientização sobre o valor do ecossistema.
Neste mês, a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente publicou um Atlas detalhado sobre o ecossistema manguezal, onde relata que um quinto de todos os manguezais já foi destruído desde o ano de 1980. O organismo denuncia que os bosques de manguezais são destruídos quatro vezes mais rápido do que os bosques localizados em terra e alerta que se o ritmo acelerado de perda continuar, haverá uma importante deterioração econômica e ecológica.
A destruição por interferência humana direta e indireta representa uma séria ameaça para este ecossistema, ainda hoje visto como ambiente putrefato e insalubre. Esta visão nos foi legada pelos europeus, que detestavam pântanos. A supressão do bosque de mangue, o avanço da agropecuária, a industrialização, a urbanização, a poluição e o turismo podem ser apontados como os principais fatores diretos de destruição. Desmatamentos acima deles, erosão, sedimentação, barragens acima e abaixo, substituição da água salobra pela água doce ou pela água salgada, estabilização da lâmina d’água são os responsáveis indiretos por sua perturbação ou degradação, levando-o mesmo à morte.
O Brasil tem a quarta maior área de mangue do mundo, que se estende desde o Amapá até Santa Catarina. Só em São Paulo são 25 mil hectares. Os mangues são importantes para a natureza, para a economia e também socialmente. Só em empregos, mais de um milhão de pessoas dependem dos mangues. E uma característica que preocupa os ambientalistas é que o mangue pode ser restaurado, mas nunca transferido ou compensado de alguma maneira.
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